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ATIVAÇÃO ESPECIAL DO CABREUVADX

NOVEMBRO – MÊS DA CONSCIENCIA NEGRA NO BRASIL.

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Descrição gerada com alta confiança

O Brasil é o país que mais recebeu escravos africanos. A influência da cultura africana está presente na alimentação, na música, na religião, no folclore do país.

O mês de novembro foi escolhido pelo governo do país como o mês da Consciência Negra, combate ao racismo e celebração da cultura africana no Brasil. Mas por que novembro? Novembro marca a morte do maior líder da resistência negra no período de escravidão do Brasil: Zumbi dos Palmares.

ZUMBI DOS PALMARES

Foi capturado ainda jovem e oferecido ao Padre Antônio Melo, que lhe ensinou português e latim, além de batizá-lo com o nome de Francisco.

Anos depois, em 1670, foge da paróquia e regressa ao Quilombo, onde se transforma em líder por organizar a resistência e ganha o nome de Zumbi (título militar de chefe da guerra) após planejar uma série de estratégias de guerrilha bem sucedidas, com assaltos repentinos aos engenhos para libertar escravos e conquistar armas, munições e suprimentos para realização de novos ataques. A palavra Zumbi ou Zambi, vem do termo zumbe, do idioma africano quimbundo, e significa fantasmaespectro, alma de pessoa falecida.

Contudo, após várias vitórias, inclusive contra as expedições dos mercenários bandeirantes, Zumbi fora encurralado e morto em novembro de 1695, tendo a cabeça decepada e transportada para Recife, onde foi exibida em praça pública. Assim, sem o comando militar de Zumbi, o quilombo desintegrou por completo em 1710.

O “Dia da Consciência Negra”, 20 de novembro, é uma alusão e um tributo à Zumbi dos Palmares e a todos os negros que combateram bravamente contra a escravidão.

O que é Quilombo?

A palavra “quilombo” possui etimologia bantu e refere-se aos acampamentos de guerreiros na mata.

Será, contudo, em 1740, reportando-se ao rei de Portugal, que o Conselho Ultramarino irá definir quilombo como sendo:

“Toda habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”.

Contudo, dentre todos os quilombos, o mais emblemático fora o de Palmares, o qual se opôs à administração colonial por quase dois séculos.

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Descrição gerada com muito alta confiança

História

No princípio, Palmares era povoado por poucos quilombolas. Porém, a guerra contra os holandeses tornou a vigilância colonial fraca e centenas de escravos fogem para constituírem o primeiro núcleo de povoação.

Embora tenha surgido no final do século XVI, o apogeu do Quilombo dos Palmares foi na segunda metade do século XVI, quando atingiu uma população de aproximadamente 20 mil quilombolas, os quais subsistiam da caça, pesca e coleta de frutas (manga, jaca, abacate e outras), bem como da agricultura (feijão, milho, mandioca, banana, laranja e cana-de-açúcar).

Além disso, os quilombolas produziam artesanatos (cestas, tecidos, cerâmica, metalurgia) e os excedentes eram comercializados com as populações vizinhas, o que gerava uma economia razoavelmente intensa na região do quilombo.

Havia uma diferença entre o status dos quilombolas, divididos entre aqueles que chegavam aos quilombos pelos próprios meios (mais prestigiados), e aqueles libertados por incursões de guerrilha (desconsiderados e indicados para os trabalhos mais pesados).

Note que o Quilombo dos Palmares podia ser decomposto em diversos mocambos (núcleos de povoamento), donde se supõem a configuração política de descentralização do poder entre os diferentes grupos.

Em Palmares encontramos também a escravidão, contudo, era semelhante àquela praticada entre os brancos da Europa na Alta Idade Média, uma escravidão voluntária e menos degradante.

A Queda de Palmares

A prosperidade de Palmares seduzia os colonizadores que, com a expulsão dos holandeses do nordeste do Brasil, necessitavam de um número crescente de negros para retomar a produção açucareira, o que levou a cobiça sobre os fugitivos que viviam no quilombo.

Foram necessárias, entretanto, dezoito campanhas, para destruir absolutamente o Quilombo dos Palmares.

Assim, após múltiplas ofensivas ingratas contra Palmares, a corte portuguesa contrata o bandeirante Domingos Jorge Velho, experiente na guerra de extermínio contra os indígenas.

Contudo, mesmo suas tropas tiveram grandes dificuldades em vencer as táticas de guerrilha dos quilombolas, mas o quilombo teve seu fim logo após a morte de seu líder mais conhecido, Zumbi.

A região do Quilombo dos Palmares cresceu após a derrota dos negros e transformou-se na Vila Nova Imperatriz, elevada à categoria de cidade em 20 de agosto de 1889. Porém, será em 1944 que será denominada União dos Palmares em homenagem ao quilombo.

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Descrição gerada com muito alta confiança

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            APARTIR DE 1988, AS TERRAS DOS QUILOMBOS FORAM RECONHECIDAS COMO RESERVAS, TERRAS DOS DESCENDENTES DOS NEGROS GUERREIROS. MUITOS VIVEM ISOLADOS AINDA, EM PLENO SECULO 21, VIVENDO DA AGRICULTURA E DO TURISMO

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